Entre os dias 16 e 20 de julho de 2025, o Município de Fornos de Algodres voltou a afirmar-se como uma referência nacional na educação ambiental ao acolher mais uma edição do Festival da Biodiversidade – bYOUTHiversity Festival. O evento decorreu na Praia Fluvial da Ponte de Juncais e reuniu técnicos especializados, entidades parceiras como o CEIS-FCA e o CERVAS, o biólogo Hugo Figueiredo, a artesã Monteiro HandsMade, o fotógrafo Hugo de Sousa, assim como dezenas de participantes de diferentes faixas etárias, entre residentes e visitantes do concelho.

O festival teve como principal objetivo sensibilizar para a importância da proteção do património natural, promover o conhecimento científico e cultural da biodiversidade local, reforçar o papel da educação ambiental como instrumento de mudança e estimular a adoção de comportamentos mais responsáveis e sustentáveis.

A programação foi diversificada e dinâmica, destacando-se desde logo a caminhada interpretativa “Gigantes Verdes”, uma atividade de educação ambiental que levou os participantes à descoberta de árvores monumentais e espécies autóctones do concelho. Ao longo do percurso, guiado por técnicos especializados, foram abordadas temáticas ligadas à importância ecológica, cultural e paisagística do arvoredo nativo, promoveu o conhecimento sobre a flora local e despertando consciências para a necessidade de proteger o património natural arbóreo. Também a sessão interativa “Achas que consegues acertar?”, dinamizada pelo CEIS-FCA, constituiu um momento de grande envolvimento, abordando de forma lúdica e participativa temas ligados à biodiversidade e ao empreendedorismo de impacto.

A vertente criativa esteve igualmente presente através do workshop de velas aromáticas dinamizado por Monteiro HandsMade, que sensibilizou os participantes para o uso sustentável de recursos naturais e para a importância dos aromas no bem-estar humano e ecológico. A exibição do documentário “Côa Mais Selvagem”, seguida de debate, contribuiu para promover o conhecimento sobre a fauna e os ecossistemas do Vale do Côa, dando lugar a uma reflexão sobre os desafios de conservação que a presença humana impõe.

Os mais novos tiveram oportunidade de participar no atelier infantil “Oficina Penas”, uma iniciativa dedicada à observação e representação criativa de aves, concebida para valorizar a avifauna local e despertar o interesse das crianças para a sua preservação. Outro dos pontos altos foi a exposição de fotografia da vida selvagem, da autoria de Hugo de Sousa, fotógrafo residente no concelho, que apresentou imagens marcantes de espécies da fauna local. Esta mostra destacou-se pela forte componente educativa e sensibilizadora, promoveu o reconhecimento da biodiversidade do território e a importância da sua conservação através de um olhar simultaneamente artístico e científico.

A programação incluiu ainda a exibição de uma segunda versão do documentário “O Côa Mais Selvagem”, uma produção audiovisual centrada na biodiversidade do Vale do Côa que deu a conhecer espécies emblemáticas da fauna e flora, bem como os desafios de conservação associados à presença humana. Esta sessão permitiu ainda estabelecer paralelismos com o Vale do Mondego, que realçou as semelhanças ecológicas entre ambos os territórios e a presença de espécies comuns, constituiu uma oportunidade para refletir sobre a importância da conectividade ecológica e da proteção da biodiversidade no território de Fornos de Algodres.

O programa terminou com a caminhada interpretativa “FornosBio”, dinamizada em colaboração com o CERVAS – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens – e com o biólogo Hugo Figueiredo. Esta atividade permitiu aos participantes observar e identificar espécies de fauna e flora, interpretar ecossistemas locais e refletir sobre os principais desafios da conservação da biodiversidade.

O resultado desta edição foi um forte envolvimento da comunidade, que participou de forma entusiasta nas diferentes iniciativas, reforçou a imagem de Fornos de Algodres como Território Educador para o Ambiente e Sustentabilidade. O Festival da Biodiversidade consolidou-se, assim, como uma plataforma de valorização da biodiversidade local e de promoção do território, evidenciou que a preservação da natureza começa com a educação, o conhecimento e o envolvimento coletivo.

Este projeto contribui diretamente para alcançar os ODS n.º4 {Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos}, n.º11 {Tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis}, n.º12 {Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis}, n.º 13 { Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos}, n.º 15. {Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda de biodiversidade} e n.º 17{Reforçar os meios de implementação e revitalizar a Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável}.