Fortificações

Castelo de Queiriz

Freguesia: Queiriz Sítio: Castelo Coord: 259.125/418.225 GAUSS C.M.P., fl. 180 Alt. 734m

O acesso faz-se por um caminho de terra batida que parte da estrada municipal, à entrada da povoação de Queiriz, em direcção ao marco geodésico com o topónimo de Castelo. No cruzamento de caminhos, cerca de 250m a Norte do marco geodésico, vira-se à direita, seguindo-se esse caminho até ao pequeno esporão onde se localiza o sítio arqueológico.

Localiza-se num esporão, no topo da vertente ocidental da ribeira da Muxagata, precisamente na zona onde esta deixa de ser fortemente encaixada, para se abrir num amplo vale. O sítio arqueológico encontra-se a cerca de 500m para SE do marco geodésico que tem o topónimo de Castelo, provavelmente um topónimo deslocado já que no local não existem quaisquer vestígios.

Trata-se de um povoado que apresenta a Oeste um troço de muralha relativamente preservado, encaixado entre dois afloramentos graníticos. No topo do cabeço existem vestígios, bastante arruinados, de uma estrutura circular. Os materiais recolhidos, fragmentos de cerâmica a torno e alguns possivelmente manuais (embora o elevado grau de erosão que apresentam torne difícil a classificação), são de alguma forma inconclusivos para se poder avançar uma cronologia. Contudo, a forte presença de cerâmica a torno, juntamente com a estrutura da muralha (a fazer lembrar o opus recticulatum romano), parecem apontar para uma cronologia tardia, possivelmente romana ou, com maior probabilidade, medieval, podendo eventualmente tratar-se de uma atalaia, talvez subsidiária do castelo de Celorico, que de ali se avista.

No entanto, seja qual for o período ou períodos históricos representados neste povoado, é visível que a sua estratégia de implantação, à imagem dos povoados pré-históricos de Santiago Fraga da Pena (com os quais tem contacto visual), se subordinou a preocupações de carácter defensivo e de controlo sobre a paisagem, composta pelo extenso vale da Muxagata.

Para além de Queiriz, existe na tradição oral a referência a um castelo que se situaria em Algodres, do qual, no entanto parece não haver referências bibliográficas precisas nem vestígios no terreno.

Sepulturas Escavadas na Rocha

O concelho de Fornos de Algodres é um município particularmente rico em sepulturas escavadas na rocha. No decorrer do levantamento do património arqueológico que temos vindo a efectuar no concelho foram identificadas 68 sepulturas, 59 das quais já estudadas (VALERA, 1990), tendo as restantes 9 sido referenciadas posteriormente. Temos ainda conhecimento que, a este número, há a juntar mais algumas sepulturas, postas à vista por uma recente limpeza de superfície efectuada na necrópole das Forcadas.

Estas sepulturas, características do Norte da Península, mas também conhecidas no Sul, aparecem agrupadas em necrópoles (Vila Ruiva e Forcadas), isoladas ou em pequenos núcleos de duas ou três. Se as necrópoles terão constituído núcleos correspondentes a comunidades, as sepulturas isoladas têm sido interpretadas como tendo um carácter mais familiar.

Tratando-se de um tema particularmente pouco estudado, a sua atribuição cronológica é ainda motivo de discussão. Contudo, as opiniões dos autores que ultimamente se têm dedicado ao seu estudo tendem a balizálas entre os séculos VI/VII e o século XI, altura em que estariam a entrar em desuso, mas com prolongamentos pontuais até ao século XIII/XIV.

Necrópole das Forcadas

Freguesia: Matança Sítio: Forcadas Coord: 253.275/413.375 GAUSS C.M.P., fl. 180, Alt. 635m

O acesso faz-se pelo interior da povoação, situando-se a necrópole a cerca de 125m da aldeia, na direcção da ribeira das Forcadas.

Localiza-se na propriedade do Sr. Alfredo Augusto, junto à povoação das Forcadas. Aquando da elaboração do estudo já referido foram identificadas 22 sepulturas. São na totalidade sepulturas não antropomórficas, de planta predominantemente rectangular ou sub-rectangular. Quanto à cronologia desta necrópole, embora não baseada em dados totalmente seguros, pensamos poder enquadrar-se numa primeira fase de construção deste tipo de sepulturas, em torno dos séculos VII/VIII (VALERA; 1990).

Necrópole da Tapada do Anjo (Vila Ruiva)

Freguesia: Vila Ruiva Sítio: Capela do Anjo Coord: 253/399.100 GAUSS, C.M.P., fl. 202, Alt. 490m

Localizam-se em torno da Capela do Anjo, junto de Vila Ruiva. O acesso faz-se por um estradão de terra batida, que sai daquela povoação e se dirige para a Carrapichana.

Localiza-se junto à povoação de Vila Ruiva. As sepulturas, num total de 22, encontram-se relativamente dispersas em torno da Capela do Anjo, estando duas já no interior da povoação. Com um padrão de distribuição disperso e apresentando uma grande variedade de tipologias nas sepulturas (não atropomórficas e antropomórficas com variantes), esta necrópole parece ter tido maior período de utilização, com várias fases de construção que, possivelmente, atingiram os séculos X/XI (VALERA, 1990).

Sepulturas do Guadial (Casal do Monte)

Freguesia: Queiriz Sítio: Guadial Coord: 258/419.100 GAUSS, C.M.P., fl. 180, Alt. 680m

O acesso faz-se por um caminho de terra batida que entronca à direita da estrada municipal, a cerca de 250m da povoação do Casal do Monte. Localizam-se no sítio do Guadial, numa quinta situada à saída da povoação de Casal do Monte, à direita da estrada que conduz a Queiriz. Foram aí abertas três sepulturas, das quais antropomórficas. (VALERA, 1990)

Sepultura dos Covais (Queiriz)

Freguesia: Queiriz Sítio: Queiriz Coord: 257.225/418.700 GAUSS, C.M.P., fl. 180, Alt. 660m

Localiza-se no sítio dos Covais à saída da povoação de Queiriz, à direita da estrada que segue para Casal do Monte. Situada na saída Norte da povoação de Queiriz (direcção a Casal do Monte), esta sepultura encontra-se junto à estrada, no sítio dos Covais. Trata-se de uma sepultura antropomórfica, mas apresentando uma dupla reentrância, para a cabeça e para os pés. Tem paralelo numa sepultura recentemente referenciada em Vila Chã (VALERA, 1990).

Sepultura do Carvalhal (Muxagata)

Freguesia: Muxagata Sítio: Carvalhal Coord: 256.425/411.325 GAUSS, C.M.P., fl. 180, Alt. 465m

Localiza-se cerca de 1Km a Norte da povoação da Muxagata. O acesso faz-se por um caminho de terra batida, que saindo daquela povoação, se dirige para a da Mata. Situa-se uma vinha, no sítio do Carvalhal, à direita do caminho de terra batida que liga a povoação da Muxagata à estrada municipal que vai para a Mata e Sobral Pichorro. Trata-se de uma sepultura antropomórfica. (VALERA, 1990).

Sepulturas de Cabeços (Vila-Chã)

Freguesia: Vila Chã Sítio: Cabeços Coord: 254.300/409.525 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 550m

O acesso faz-se por um caminho que entronca na estrada municipal, cerca de 300m à esquerda da povoação de Vila Chã. Situam-se no sítio dos Cabeços, num pinhal à entrada da povoação de Vila Chã, junto a uma povoação abandonada e em ruínas, conhecida no local por Côrtes. São três sepulturas, duas das quais já estudadas (VALERA, 1990), sendo uma de planta ovalada e outra com um ombro delineado. A terceira, recentemente detectada, apresenta um antropomorfismo bem definido, com dupla reentrância para a cabeça e para os pés.

Sepulturas das Lameiras (Figueiró da Granja)

Freguesia: Figueiró da Granja Sítio: Lameiras Coord: 235.475/408 GAUSS C.M.P., fl. 191, Alt. 508

Localiza-se à saída da Povoação de Figueiró da Granja, na direcção de Vila Chã. O acesso é feito por um caminho que desemboca à direita da estrada, a cerca de 500m a Norte do cruzamento para Muxagata. Trata-se de um conjunto de três sepulturas antropomórficas, encontrando-se duas escavadas no mesmo penedo. (VALERA, 1990)

Sepulturas de Figueiró da Granja

Freguesia: Figueiró da Granja Sítio: Depósito de àguas e S. Silvestre Coord: 253.775/406.875 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 475m 253.625/406.550 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 459m

Localizam-se na povoação, uma a Norte, junto a um depósito de àgua, outra a Sul, perto da capela de São Silvestre. No interior da povoação de Figueiró da Granja, no seu extremo Norte, na Torre, e no seu extremo Sul, junto à capela de S. Silvestre, encontram-se duas sepulturas antropomórficas, de planta sub-rectangular e ovalada. Tem como característica o facto do antropomorfismo não atingir a superfície da sepultura. (VALERA, 1990)

Sepulturas do Seminário (Fornos de Algodres)

Freguesia: Fornos de Algodres Sítio: Seminário Coord: 251.175/405.9 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt 459m

O acesso faz-se por um caminho que sai à direita da estrada nacional, a cerca de 250m a Norte do cruzamento para o seminário, por um trilho à direita que, passando junto a uma vinha, se dirige para Norte. Recentemente referenciadas, estas sepulturas estão localizadas junto ao seminário de Fornos de Algodres. Uma, antropomórfica, encontra-se integrada num muro de um caminho. Outra, ovalada, encontra-se num afloramento do outro lado do mesmo caminho. A terceira situa-se a meio caminho entre as anteriores e o Seminário de S. José. Trata-se de uma sepultura subtrapezoidal.

Sepultura de Infías

Freguesia: Infias Sítio: Infias Coord: 250.025/407.275 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 685m

Localiza-se no pátio anexo a um aviário situado junto à estrada que vem de Casal Vasco, à entrada de Infias. Trata-se de uma sepultura não antropomórfica, de planta subrectangular e invulgarmete comprida (2.35m). Junto à cabeceira apresenta uma cavidade quadrangular, que poderá ser eventualmente intrepertada com um encaixe para um poste. (VALERA, 1990)

Sepulturas da Rasa de Infías

Freguesia: Infias Sítio: Rasa Coord: 250.450/407.750 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 710m

O acesso faz-se por um caminho de terra batida que parte do cruzamento da estrada municipal ao cruzamento para Algodres, virando-se à esquerda na primeira biforcação. Situam-se num pinhal, a Noroeste da povoação de Infias, numa área conhecida por Raza de Infias. São ambas de planta antropomórfica, embora numa delas o antropomorfismo não atinja a superfície da sepultura, sendo dado por dois relevos à altura do pescoço, tal como nas sepulturas de Figueiró da Granja. (VALERA, 1990)

Sepulturas da Quinta dos Carvalhais (Infías)

Freguesia: Infias Sítio: Carvalhais Coord: 249.275/406.875 GAUSS, C.M.P.. fl. 191, Alt. 670m

O acesso faz-se por um caminho que parte da Quinta do Casinho, junto à estrada para Casal Vasco. A sepultura situa-se a cerca de 250m deste caminho, num pinhal à direita. Recentemente referenciada, esta sepultura localiza-se num pinhal, Nordeste da Quinta dos Carvalhais. Está bastante destruída.

Sepulturas de Casal Vasco

Freguesia: Casal Vasco Sítio: Refaxo Coord: 250/409.95 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt. 650m

O acesso faz-se pelo caminho de terra batida que, do Casal Vasco, se dirige ao Rancozinho. São duas geminadas, uma de morfologia ovalada e outra antropomórfica. Estão orientadas grosseiramente para Oeste, de modo a que os sepultados ficassem virados a Oriente, conforme e regra canónica.

Sepulturas da Quinta das Moitas (Vila Ruiva)

Freguesia: Vila Ruiva Sítio: Quinta das Moitas Coord: 235.740/401.375 GAUSS, C.M.P., fl. 191, Alt.500m

O acesso faz-se pelo primeiro caminho de terra batida que parte à direita da estrada municipal entre Vila Ruiva e Cadoiço, na direcção desta última povoação. São duas sepulturas recentemente identificadas e cujo levantamento não foi ainda possível efectuar. Uma delas encontra-se completamente atulhada de pedras, ficando a dúvida pelo tamanho que parece ter, se será efectivamente uma sepultura ou uma lagariça.