É evidente e notório o empenho e esforço que, nos mais recentes anos, o município de Fornos de Algodres tem feito no sentido de melhorar a sua gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e promover a consciência ambiental e a participação de todos aqueles que vivem e visitam a nossa terra.

Os números não enganam!

Se, por um lado, o investimento em contentores de recolha e triagem de resíduos é um facto (são mais de 625 contentores de lixo indiferenciado por todo o Concelho e mais de 40 conjuntos de ecopontos, para separação de papel e cartão, vidro, embalagens plásticas e de metal e pilhas – um acréscimo de 19 desde 2019), por outro, a participação dos cidadãos neste processo de separação é crescente (a prová-lo estão os últimos dados do balanço do 1º semestre de 2021 da reciclagem no concelho).

Apesar das notícias tão positivas e animadoras, a vontade de fazer melhor é sempre maior!

Estando a recolha seletiva bem encaminhada, e as pessoas a aderirem cada vez mais, o foco do município volta-se agora para uma outra natureza de resíduos: os biorresíduos.

Mas, o que são os biorresíduos?

Por definição, biorresíduos são todos os resíduos biodegradáveis de jardins e parques, resíduos alimentares de cozinha das habitações, dos restaurantes, das unidades de transformação de alimentos, etc.

E qual a melhor maneira de tratar os biorresíduos?

Por forma a evitar que os biorresíduos que produzimos em nossas casas, e nas nossas instituições e empresas, sejam enviados para aterro sanitário – o cenário menos favorável -, onde vão ocupar espaço útil para a deposição de lixo, a melhor maneira de “tratar” estes restos orgânicos é promovendo a sua reciclagem – Compostagem -, e posterior retorno à terra (sob a forma de um adubo “caseiro” rico em nutrientes).

Foi neste contexto que a autarquia, em parceria com a Eco-escolas, aderiu ao projeto “Devolver à terra”, da Associação ambientalista ZERO. Esta iniciativa tem como objetivo “incentivar boas-práticas ecológicas entre os mais novos, nomeadamente na aprendizagem da valorização de resíduos orgânicos e na sua transformação em composto de grande qualidade. Após compreenderem o processo da compostagem, os alunos poderão verificar como resíduos, sem valor aparente, podem ser muito úteis para fertilizar os jardins e hortas escolares, desviando assim toneladas de resíduos dos nossos aterros e poupando toneladas de emissões de CO2”.

Assim, foi construído um compostor de madeira – com madeira oferecida pela ZERO e mão de obra dos serviços municipais -, que foi mais tarde instalado junto da cantina da Escola Sede do Concelho, com o objetivo da recolha e reciclagem dos biorresíduos produzidos na cantina escolar.

Esta ação – que decorreu no mês de março de 2020 -, contou ainda com uma sessão formativa, a cargo dos técnicos especialistas da ZERO, dirigida às funcionárias daquela cantina.

Espera-se agora que esta iniciativa venha a dar bons frutos…, bom composto, capaz de vir a bem nutrir os jardins e hortas da nossa terra.

Fornos é Natureza!

Sê consciente, Pensa no Ambiente.