O associativismo, nas suas múltiplas expressões, e em especial as coletividades de cultura, desporto e recreio, constituem uma poderosa realidade social e cultural.

Para muitas centenas de milhares de portugueses, o associativismo constitui a única forma de acesso a atividades desportivas, culturais, recreativas, ou de ação social.

Para além disso, é através do exercício do direito de associação por muitos cidadãos que são asseguradas formas de participação cívica da maior relevância.

É inquestionável que as associações promovem a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto, na área social, substituindo a própria intervenção do Estado.
Porém, há cada vez maiores dificuldades para levar as pessoas a participar na vida associativa.

A prática associativa assenta na vontade dos indivíduos, sendo uma emergência social que não pode ser lida fora do seu contexto – a sociedade em que vivemos – porque não se trata de um fenómeno de geração espontânea, releva da vontade de uns tantos que tenazmente se opõem à corrente. E os exemplos são mais que muitos.

Acontece, porém, que como em tudo na vida, há que vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem, treino, interiorização de uma postura de partilha, sendo também entendido como uma questão cultural.