À semelhança do que se passa em outros concelhos desta região Beirã, também Fornos de Algodres mantém e preserva tradições e festejos muito próprios. Muitas destas tradições reflectem, de uma forma ou de outra, a influência do calendário religioso e agrícola, ocorrendo a par dos principais acontecimentos litúrgicos e das principais épocas agrícolas.

O Cepo de Natal – um velho e enorme tronco de árvore – transportado para perto da Igreja, à volta do qual, no final da Missa do Galo, as pessoas se juntam para conversar e conviver à medida que o cepo se vai consumindo lentamente num enorme braseiro que ajuda a combater o intenso frio de Dezembro, servindo ao mesmo tempo, segundo a crença popular, para aquecer e confortar o menino Jesus.<br<
Segue-se a tradição das Janeiras, depois o Entrudo e a Páscoa que em Algodres adquire características particulares. No Entrudo, em Algodres, a população junta-se no largo do Pelourinho, onde se realiza o baile e as habituais brincadeiras, marcadas pela espontaneidade e pela originalidade com que algumas pessoas teatralizam cenas da vida quotidiana (a matança do porco, as ceifas, a feira entre outras) divertindo a assistência que normalmente é levada à participação.

Na Páscoa, ainda em Algodres, existe uma tradição denominada “Regrar os Passos”, constando de uma procissão realizada durante a Semana Santa, em, torno dos passos armados em baldaquinos de pedra, onde são colocados painéis bastante antigos, relativos à Paixão de Cristo, sendo entoados cânticos característicos, apenas conhecidos nesta freguesia.

Em todas as freguesias do concelho se celebram anualmente festas solenes sendo as mais afamadas a de N. Senhora da Graça, em Agosto, e de S. Miguel, em Setembro, ambas em Fornos de Algodres. A romaria mais importante é a que se realiza na Matança em honra de Santa Eufémia, a 16 de Setembro e na segunda-feira de Pascoela. Todas estas festas incluem missa solene, seguida de procissão estando presentes os andores e a Banda de Música, não faltando os foguetes e na hora da refeição a doçaria habitual: os biscoitos, as filhoses o arroz doce.